Origem do
Nome Rio de Janeiro
A origem do nome da cidade brasileira mais conhecida mundialmente,
ainda é alvo de discussão entre estudiosos, pesquisadores, curiosos e moradores
da Cidade Maravilhosa. Alguns
sugerem cautela, pois tudo que foi produzido até hoje na tentativa de explicar
a origem da denominação RIO DE JANEIRO
que deu fama à cidade, que atrai visitantes brasileiros e estrangeiros o ano
todo, são apenas suposições importantíssimas, mas que não satisfazem completamente
a curiosidade geral.
Mapa da Baia do Rio de Janeiro (Guanabara) |
Pelo motivo de não existir registros oficiais da expedição
que teria dado nome a “baia”
(Guanabara) que confundiram com um “rio”,
dois anos após a descoberta do
Brasil pelo navegador português Pedro Álvares Cabral, a busca continua até que
a verdadeira origem do topônimo Rio de
Janeiro fique bem esclarecida.
Até o final do século XX (passado), afirmava-se que a baia do
Rio de Janeiro (Guanabara) fora descoberta pela frota portuguesa de André Gonçalves, na qual o famoso
cartógrafo florentino Américo Vespúcio
tinha o comando de um navio, no dia 1º
de janeiro de 1502. Data em que naquela época, não se festejava nenhum
santo pelo calendário religioso da Igreja Católica Apostólica Romana. E que pelo fato dos descobridores não terem
explorado a baía que os índios tamoios chamavam de “Gana-bará” (Guanabara: seio
de mar ou semelhante ao mar) e também “iiteroi” (Niterói: águas escondidas), acreditaram
estar diante da foz de um “grande rio”, dando-lhe o nome que conhecemos hoje: Rio de Janeiro. Este é um dos três
pontos de vistas apresentados até o momento, na tentativa de se justificar a
origem do nome.
No entanto, para alguns estudiosos, é um argumento pouco
provável, pois os navegadores portugueses nunca denominaram lugares descobertos
utilizando-se de datas (janeiro), e, que possivelmente, Rio de Janeiro, seria o
único exemplo. E que o costume de designar lugares por nomes de datas, não era
raro entre os franceses que tentaram converter a baía de Guanabara numa França
Antártica.
A outra opinião, é que quem descobriu o caminho marítimo das
índias e eram considerados um dos maiores navegadores do mundo, jamais
confundiriam a entrada de um rio ou de uma baía. O que usaram, certamente, foi RIA + JANEIRO (mês da descoberta) = Ria de janeiro. Explicam que RIA, em geografia antiga, era a
definição de uma entrada de baia e que acabou, ao longo do tempo, dando origem
ao topônimo Rio de Janeiro.
AMÉRICO VESPÚCIO (1454 - 1512) Cartógrafo Florentino Credito (dec.ufcg.edu.br) |
Entretanto, há quem defenda, que naquela época não havia
qualquer distinção de nomenclatura entre rios, sacos e baias, razão pela qual o
famoso corpo d’Água que hoje chamamos de baía de Guanabara, foi corretamente
designado como RIO.
Os historiadores contavam ainda, até o final do século
passado, que a frota comandada pelo Capitão
André Gonçalves, depois de avistar o Rio de Janeiro, continuou sua jornada
mais para o sul do litoral fluminense, e cinco dias depois as três caravelas
chegaram a um local extasiante, a atual baía da Ilha Grande situada na Costa
Verde. Como era o dia 6 de janeiro, dia consagrado pela Igreja Católica Romana
aos Reis Magos, decidiram então batizar a enseada onde estavam ancorados, com o
nome do santo do dia: Angra dos Reis.
BRASÃO DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO Capital Golfinhos de Prata simbolizando cidade marítima |
Porém, uma revisão histórica anunciada pelo Almirante Max Justo Guedes na “Conferência
dos 500 anos” da cidade de Angra dos Reis, promovida pela prefeitura local,
em 2002, apresenta oficialmente o nome do Capitão
Gonçalo Coelho que acreditam ser o verdadeiro descobridor da baia do Rio de Janeiro (Guanabara) e da baia de
Angra dos Reis, descobertas no mês
de janeiro de 1502. Os pesquisadores destacaram que esta revisão histórica foi
realizada com base na fonte: TRATADO DESCRITIVO DO BRASIL, de Gabriel Soares de
Souza. Portanto, esqueçamos o navegador André Gonçalves como possível
descobridor do Rio de Janeiro, Ilha Grande e Angra dos Reis.
Agora fica bem claro, que o nome do verdadeiro comandante da
expedição que avistou o Rio de Janeiro no primeiro dia de 1502 é o Capitão Gonçalo Coelho, que contou com a ajuda do cartógrafo
florentino Américo Vespúcio, que seguia a bordo, e se tornaria o cronista da
viagem por desvendar através de suas célebres cartas, uma terra grátis, de
natureza paradisíaca, maravilhando os intelectuais europeus de sua época.
“Algumas vezes me extasiei com os odores das árvores e das flores, e com os sabores dessas frutas e raízes, tanto que pensava comigo estar perto do Paraíso Terrestre.”
BANDEIRA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO |
“Algumas vezes me extasiei com os odores das árvores e das flores, e com os sabores dessas frutas e raízes, tanto que pensava comigo estar perto do Paraíso Terrestre.”
(Américo Vespúcio, janeiro de 1502)
............................................................................................................................................................................
Ria de Janeiro
É pouco provável que os experientes navegadores europeus que avistaram pela primeira vez a baía de Guanabara, no início do século XVI, a tenham confundido com a foz de um rio. Pouquíssimo provável, portanto, que tenham batizado o lugar de Rio de Janeiro. Existe uma hipótese de que o nome escolhido foi Ria de Janeiro. Ria, não o verbo mas, substantivo: identificado em documento português de 1416, também significa, segundo o Houaiss, "braço do mar, que geralmente se presta à navegação". O termo náutico, pouco popular, pode ter se transformado no seu congênere de mais fácil assimilação pelos escrivães.
Fonte: RHBN, nº 113, fev 2015, pág 85 - Almanaque.
...............................................................................................................................................
Colaboração: Guia José Carlos Melo / Rio de Janeiro
JESUS CRISTO é a nossa única esperança!
........................................................................................................................................................................................................................
........................................................................................................................................................................................................................